DEPRESSÃO
DEPRESSÃO
Os transtornos do humor mais comum são a depressão unipolar e o transtorno bipolar.
A depressão unipolar é diagnosticada em pessoas que apresentam somente episódios depressivos, enquanto o transtorno bipolar é diagnosticado em pessoas com episódios depressivos alternado com episódios de mania.
O início da depressão em pessoas idosas pode ser secundário a um processo fisiopatológico, como a doença de Parkinson ou doenças vasculares encefálicas.
A depressão diferencia-se da tristeza normal ou do luto por sua gravidade, onipresença, duração e associação com outros sintomas fisiológicos, comportamentais e cognitivos. Seu traço principal é o desanimo presente na maior parte do dia, em quase todos os dias, frequentemente acompanhada por um sentimento intenso de angústia, incapacidade de sentir prazer e uma perda de interesse generalizada em relação ao mundo. Tristeza é o sentimento mais comum, porém a raiva, irritabilidade e perda de interesse pelas atividades diárias podem predominar em alguns pacientes.
Os sintomas fisiológicos incluem:
- Distúrbio do sono (falta ou excesso de sono)
- Alterações de apetite (perda ou aumento de peso)
- Falta de energia
- Pode acontecer de ficar mais lentos nos movimentos (retardo psicomotor)
- Pensamentos de desesperança (de inutilidade, culpa, com impulsos e ideação suicida)
- Dificuldade de concentração
- Pensamentos lentos
- Prejuízos na memória
Sintomas mais graves:
- Delírios
- Alucinações
Mais de 90% dos suicídios estão associados a transtornos mentais, sendo a depressão a principal causa.
As principais formas de tratamento:
- Psicoterapia: A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma das abordagens mais comuns e eficazes para tratar a depressão. Ela ajuda os pacientes a identificarem e modificar padrões de pensamento negativos e comportamentos disfuncionais que contribuem para a depressão. Outras formas de terapia, como a terapia interpessoal (TIP) e a terapia psicodinâmica, também podem ser úteis.
- Medicamentos antidepressivos: são prescritos para tratar depressão moderada a grave.
- Terapia combinada: Em alguns casos, uma combinação de psicoterapia e medicamentos antidepressivos pode ser mais eficaz do que qualquer uma das abordagens isoladamente. Essa abordagem é especialmente recomendada para pacientes com depressão grave ou resistente ao tratamento.
- Atividade física: A atividade física regular tem demonstrado ser benéfica para a saúde mental, incluindo a redução dos sintomas da depressão. O exercício libera endorfinas, neurotransmissores que podem melhorar o humor e reduzir o estresse e a ansiedade.
- Autocuidado: Praticar hábitos saudáveis de autocuidado, como dormir o suficiente, manter uma dieta equilibrada, evitar o consumo excessivo de álcool e drogas, e participar de atividades que tragam prazer e relaxamento, também são importantes para o tratamento da depressão.
- Modulação da atividade cerebral: A tDCS pode aumentar ou diminuir a atividade de regiões específicas do cérebro, como o córtex pré-frontal dorsolateral, que está associado ao processamento emocional e ao controle cognitivo. Estudos sugerem que a regulação da atividade cerebral por meio da tDCS pode ajudar a restaurar padrões normais de funcionamento cerebral em indivíduos com depressão. A tDCS pode aumentar a plasticidade cerebral, que é a capacidade do cérebro de se adaptar e reorganizar em resposta a estímulos externos. Isso pode facilitar a formação de novas conexões neurais e promover mudanças positivas no funcionamento cerebral associadas à recuperação da depressão. A tDCS pode ser utilizada como uma terapia complementar ao tratamento convencional da depressão, incluindo psicoterapia e medicamentos antidepressivos. Estudos sugerem que a combinação de tDCS com outras formas de tratamento pode levar a melhores resultados do que qualquer uma das abordagens isoladamente.
- Neurofeedback: é uma técnica de treinamento cerebral que permite aos pacientes aprenderem a regular sua atividade cerebral em tempo real. No contexto do tratamento da depressão, o neurofeedback pode ser uma ferramenta útil para ajudar os pacientes entenderem e modificar padrões de atividade cerebral associados aos sintomas depressivos. ser usado para treinar os pacientes a aumentar a atividade de áreas do cérebro associadas às emoções positivas, como o córtex pré-frontal dorsolateral e o córtex cingulado anterior. O Neurofeedback pode ser usado para treinar os pacientes a aumentar a atividade nessas regiões, os pacientes podem experimentar uma melhoria no humor e uma redução nos sintomas depressivos, regulando o emocional, reduzindo a hiperatividade do córtex pré-frontal direito, melhoria da regulação do sono; aumento da coerência cerebral; empoderamento do paciente.